quarta-feira, dezembro 19, 2007


Profunda Escuridão

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  Na escuridão, profunda e gélida deste oceano onde me encontro, tudo à minha volta parece feito de gelo puro, sem cor, pálido, adormecido. Este é um mundo onde as trevas não nos queimam a pele com rios de lava incandescente, gelam-nos a alma, como pedras mortas e silenciosas. Aqui, na solidão do infinito, neste vazio imenso de água, o espírito vagueia, em busca de uma réstia de luz, de um sinal que lhe indique o caminho a percorrer. Tudo me parece igual, por mais que deambule, pareço andar em circulos, como que perdido num espaço que não tem norte nem sul, não tem céu nem terra. Aguardo que algo ou alguém, miracolosamente me venha despertar deste pesadelo, me venha tirar desta letargía a que me votei.

  Os dramas do destino afundaram a alma, neste imenso mar, e o corpo foi, aos poucos, deixando-se arrastar para as profundezas, sem perceber que se ia encarcerar num mundo distante e frio, escuro e vazio de vida. Não sei mais onde fica o céu, não sei mais que direção tomar. Muitas vezes peço-te que me envies um sinal, um pequeno raio de luz, que me diga em que direção dispender as últimas forças que me restam, que me diga onde estás tu. Sinto a tua presença, sei que estás aí, peço-te ajuda. Quero voltar à tona, só tens de enviar-me uma tábua, e salvar-me-ás.

  Autor desconhecido.
  Mandado por e-mail.

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