sexta-feira, dezembro 21, 2007


Oh my boot!

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Flopt, flopt, flopt...

Seria loucura usar botas no calor de 40 graus? Eu acho que não. Isso seria mais uma obsessão? Aqui no Brasil está mais para loucura, porém quando morava no Japão, usava no verão e inverno. E agora pergunto-me: porque aqui eu não posso usá-lo sem que as pessoas me olharem com cara de fuinha como se eu fosse um Duende Verde?

Bota "FLOPT", você ama ou você odeia. Ou fica no meio termo sem saber se ama ou odeia. Ou nem ama, nem odeia. Ou não acha nada demais só para me quebrar as pernas.

Mas se ama porque é true - odeio pessoas que falam true - ou se odeia é porque não tem estilo próprio. Portanto facilitadores para se amar ou odiar, sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Dá-lhe texto... "êhh"

A bota é um processo civilizatório do homem, que oferece proteção, mas também vaidade. Imagino um Homo erectus de botas, ou um Homo sapies *viajou na maionese*. Dizem que foram desenvolvidos há 15000 a.C, na Espanha. Outros mais antigos vem da Mesopotâmia no Oriente Médio, e acredita-se que foram utilizados tanto por homens e mulheres. Ao correr dos séculos a bota tornou-se um implemento exclusivamente masculino, reservando a mulher delicadas peças de calçado que dificilmente lhes permitia sair de casa. Tornando-se uma forma de controle da dependência relacionada aos cultivos na civilização ocidental. Eram mais elevados as classes sociais - isso é óbvio.

Mas umas das grandes descobertas tecnológicas no século no XIX, foi provocadas tantas mudanças. Em torno de 1830, começam a surgir as primeiras botas femininas, com modelos delicado e refinado, abotinados ou vinculados com laços. As botas baixas eram muito diferentes das botas dos homens, botas de ambos os trabalhos, como os militares ou de luxo.

Curiosamente, foi a Rainha Victoria, conhecida pela sua atitude conservadora, que popularizou a bota feminina. Logo o calçado virou favorito para as caminhadas e, em seguida, para as grandes festas. As botas eram feitas exclusivamente em couro, mas logo depois outros materiais foram utilizados, tais como a seda, tafeta e diversas formas de lona. Que foi um alívio. Imagine os pés cheio de bolhas. Na metade do século XIX, as botas já estavão popularizadas. Usavam tanto no verão e inverno, e os modelos começam a se diversificar...

Do que vou eu falar, perguntam vós? Até agora sem conclusões e explicações lógicas. Usar só no inverno parece-me a única resposta concreta, depois de contar a História da Bota e suas evoluções. Vou-me embora descalça.

Ass: Duende Verde.

quarta-feira, dezembro 19, 2007


Profunda Escuridão

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  Na escuridão, profunda e gélida deste oceano onde me encontro, tudo à minha volta parece feito de gelo puro, sem cor, pálido, adormecido. Este é um mundo onde as trevas não nos queimam a pele com rios de lava incandescente, gelam-nos a alma, como pedras mortas e silenciosas. Aqui, na solidão do infinito, neste vazio imenso de água, o espírito vagueia, em busca de uma réstia de luz, de um sinal que lhe indique o caminho a percorrer. Tudo me parece igual, por mais que deambule, pareço andar em circulos, como que perdido num espaço que não tem norte nem sul, não tem céu nem terra. Aguardo que algo ou alguém, miracolosamente me venha despertar deste pesadelo, me venha tirar desta letargía a que me votei.

  Os dramas do destino afundaram a alma, neste imenso mar, e o corpo foi, aos poucos, deixando-se arrastar para as profundezas, sem perceber que se ia encarcerar num mundo distante e frio, escuro e vazio de vida. Não sei mais onde fica o céu, não sei mais que direção tomar. Muitas vezes peço-te que me envies um sinal, um pequeno raio de luz, que me diga em que direção dispender as últimas forças que me restam, que me diga onde estás tu. Sinto a tua presença, sei que estás aí, peço-te ajuda. Quero voltar à tona, só tens de enviar-me uma tábua, e salvar-me-ás.

  Autor desconhecido.
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