O quarto, decorado criativamente, parecia ter sido revirado por um pequeno furacão doméstico. A parede vermelha parecendo um putero, precisava ser repintada. O teto, antes branco, agora se amarelava. Revistas espalhavam-se pelo chão.
Livros empilhavam-se em cima do armário rebuscado com tinta e verniz. A cama antiga e moldada para aquele espaço, fornecia pistas de que há muito os lençóis não eram trocados. O cheiro de cigarro, que provinha de um cinzeiro já repleto de bitucas e cinzas, misturava-se à fragrância doce de algum perfume feminino.
Na mesa, uma garrafa contendo três ou quatro dedos de whisky, já sem gosto pelo tempo que passou exposto ao ar, postava-se esquecida sobre alguns manuscritos, ao lado de um monitor amarelado e alguns cds jogados. Algumas roupas endurecidas amontoavam-se sobre uma cadeira. as gavetas da cômoda se mantinham abertas. O winamp com a mesma playlist há séculos não parava de repetir as mesmas notas e arranjos.
Na cozinha, eu perambulava, cigarro nas pontas dos dedos. Preparava o café da manhã... café e algumas torradas que havia feito no dia anterior. Balançava o corpo ao ritmo da música. Olhei para a pia e me surpreendi com o volume de louças sujas. Há quanto tempo não as lavava? A preguiça era tanta que já utilizava os copos e pratos descartáveis, antes destinados às emergências. Minutos depois percebi que aquilo era uma emergência. Pulei pela janela e morri!!!
Livros empilhavam-se em cima do armário rebuscado com tinta e verniz. A cama antiga e moldada para aquele espaço, fornecia pistas de que há muito os lençóis não eram trocados. O cheiro de cigarro, que provinha de um cinzeiro já repleto de bitucas e cinzas, misturava-se à fragrância doce de algum perfume feminino.
Na mesa, uma garrafa contendo três ou quatro dedos de whisky, já sem gosto pelo tempo que passou exposto ao ar, postava-se esquecida sobre alguns manuscritos, ao lado de um monitor amarelado e alguns cds jogados. Algumas roupas endurecidas amontoavam-se sobre uma cadeira. as gavetas da cômoda se mantinham abertas. O winamp com a mesma playlist há séculos não parava de repetir as mesmas notas e arranjos.
Na cozinha, eu perambulava, cigarro nas pontas dos dedos. Preparava o café da manhã... café e algumas torradas que havia feito no dia anterior. Balançava o corpo ao ritmo da música. Olhei para a pia e me surpreendi com o volume de louças sujas. Há quanto tempo não as lavava? A preguiça era tanta que já utilizava os copos e pratos descartáveis, antes destinados às emergências. Minutos depois percebi que aquilo era uma emergência. Pulei pela janela e morri!!!
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